1 de julho de 2008

OS BRINQUEDOS

Aqui está um tanque de guerra com lagartas e tudo. Era de dar corda para andar sozinho.
O meu primo Pedro teve um, mas eu brinquei com uma mota igual a esta que um menino da minha idade um dia estragou-ma.

Tive destes Barquinhos




Tive estes brinquedos menos a Lambreta (do lado esquerdo em baixo)

29 de junho de 2008

AGRADECIMENTO


Obrigado meu netinho por este trabalho que é o reflexo de quando eu te apresentava o Atlas como um livro de histórias e já conhecias o percurso que o avô fez de Portugal á Guiné Bissau, sabias onde se situava a Inglaterra a Espanha, França e Alemanha.
Será que ainda sabes, ou a play-qualquer-coisa já te empoeirou.... Um beijinho.
Tem a data de Dezembro de 2007

AS BRINCADEIRAS COM PRIMO PEDRO





Avô Filipe com cinco ou seis anos

Os brinquedos utilizados nas nossas brincadeiras eram umas camionetas, um cavalinho com carroça, um carro de bombeiros um ou outro barquinho tudo em chapa (folha de latão mas muito bem pintados) uns bonequinhos que eram brindes dos pacotes de Cevada.
O Pedro (o meu primo) que uma ou duas vezes por semana ia lá a casa com a mãe, a minha tia Elvira, às vezes levava algum brinquedo de "luxo" como era o caso de um Jipe militar que era de dar à corda e andava sozinho. Um tanque de guerra que andava e fazia estalidos com relampâgos na ponta do canhão.
Bem... nesses dias eu tornava-me num cachorrinho amedrontado e triste; primeiro porque ele tinha tendência a não me deixar brincar com as coisas dele, segundo se eu insistisse sofreria com o ímpeto agressivo que ele tinha.
Ele tinha brinquedos mais caros de que os meus. E porquê ?
Muito simples, o pai era Funcionário bancário e o avô paterno Gerente bancário.
Neste tempo, pós-grande guerra, estou a falar de 1954/5/6 isto fazia uma grande diferença na sociedade.
Mas... claro que há sempre um mas. Eu tinha umas pequeninas coisas (um dos pequenos tesouros da minha vida) de que ele gostava muito de brincar com elas.
Imagina... A miniatura de uma mala de viagem que naquele tempo era de cartão, teria talvez uns 35x20x10 cm. Dentro guardava um pincel da barba, linha fio do norte, agulhas de fazer rede de pesca, uns paus de madeira muito dura que servia para os marinheiros desfazerem os nós das cordas (creio que cunhetes) e outras coisitas que não me recordo mais.
E sabes que ele adorava brincar com isto. Enquanto eu tinha a voz da minha avó baixinho: "vai brincar com o carrinho dele". Aqui a minha avó tornava-se a sentinela do meu tesouro, principalmente para que ele não partisse as agulhas de rede ou se sentasse em cima da mala.
Falei dos meus tesouros e este como alguns outros que te descreverei mais tarde vinham do meu Avô que era marinheiro, morreu pouco antes de eu nascer, na grande guerra a bordo de um Navio inglês.
Claro que hoje não tenho qualquer ressentimento sobre as brincadeiras com o meu primo. Éra-mos crianças, embora estas condições se viessem a reflectir no nosso relacionamento adulto porque nos forjaram carácteres diferentes.
Agora o que é importante para mim é que desde muito menino aprendi que nem todas as crianças eram iguais.
p.s. vou procurar na net as imagens de brinquedos que eu tivesse tido,
na foto sou eu entre a minha porta e a porta da casa do Zé Manel do qual já escrevi.

DESCULPA-ME

Meu neto, depois destes posts concluo que os meu dotes para a escrita são muito sofríveis.
Nunca escrevi nenhum diário e muito menos sobre mim.
Desde pouco antes de nasceres, e já estás a fazer sete anos, até agora que o avô pouco leu. Embora antes sempre tivesse lido muito.