14 de fevereiro de 2011

PRAIA PESCA E COMPANHIA

Não conhecia o litoral de Lisboa (praias) só conhecia a de PaçoDÁrcos de quando lá estive na Esc. Militar antes de ir para a Guiné.
Começaste por me convidar para irmos para a de S. João e depois mais outras, acabando por fazer umas idas até à Cova do Vapor na Trafaria.
O que se tornou numa peregrinação por dois motivos: primeiro tinha uma praia onde a Susaninha podia andar à vontade, sem ondas e sem fundões, aliás aonde aprendeu a nadar. O segundo motivo porque os esporões da Costa eram óptimos pesqueiros, que eu desconhecia e aquilo com que eu fui criado e também no meio de barcos, veio-me à flor-da-pele.
E tu encorajaste-me a comprar material de pesca.

Brincava com a menina um tempo generoso e às vezes lá ia eu para a pesca um pouco afastado do local e esperavas por mim ou eu vinha ter com vocês.
Também aqui, como sempre, foste amorosa. Quantas vezes quando o vento já estava a arrefecer o tempo, embrulhadas nas toalhas e protegidas nalgum sitio esperavas por mim, enquanto eu satisfazia o meu egoísmo. Felizmente que por sorte ou por saber sempre pesquei Robalo e Sargos.
Mas também percebi que para ti, que adoravas peixe grelhado, era óptimo. Além de nos convir economicamente pela quantidade. Chegados a casa eu tratava do peixe para o guardar etç, simultaneamente tu ias para o banho com a menina, e depois ia eu enquanto começavas a fazer o jantar.

Após a refeição, ia-mos dar a nossa voltinha ao quarteirão e quantas vezes com a Susaninha aos meus ombros ou os nossos lentos passeios atrás de uma criança de triciclo.
Chegados deitava-se a criança, tratava-se da cozinha ou melhor, a quichenete.
E finalmente saboreava-mos a noite de um dia de verão, colmatando a ânsia do dia se acabar.

Obrigado pelos teus lanches, pelas tuas esperas nos fins de tarde de Verão.